O Caso Amityville
O caso Amityville é um dos mais
conhecidos na história sobre eventos paranormais envolvendo assassinatos
brutais seguidos de atividades sobrenaturais em uma casa na cidade de
Amityville, em Long Island, Nova York. O evento é marcado por uma série de
eventos complexos, com diferentes versões e interpretações, tanto sobre os
assassinatos quanto sobre as alegações de fenômenos paranormais. A seguir,
apresento um resumo detalhado de toda a história, incluindo a versão dos fatos
e as diferentes suposições e controvérsias.
Em 13 de novembro de 1974, Ronald
DeFeo Jr., de 23 anos, cometeu um massacre em sua casa, localizada na 112 Ocean
Avenue, em Amityville. Ele assassinou seus pais, Louise e Ronald DeFeo Sr., e
seus quatro irmãos: Dawn (18 anos), Allison (13 anos), Marc (12 anos) e John (9
anos). Todos foram mortos enquanto dormiam, com tiros de um rifle de calibre
.35. O massacre
aconteceu enquanto as vítimas estavam deitadas em suas camas, sendo atingidas
por tiros na cabeça, de forma silenciosa e sem resistência. DeFeo foi preso e
posteriormente condenado por seis homicídios em segundo grau.
Ronald DeFeo Jr. alegou inicialmente que ele havia matado sua família em um acesso de raiva, mas em seguida suas alegações de que havia sido influenciado por vozes de demônios dentro da casa começaram a ganhar atenção, especialmente quando ele se declarou culpado. DeFeo foi considerado mentalmente instável, mas foi condenado por seus crimes, passando a cumprir uma pena de prisão perpétua.
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Ronald DeFeo Jr. |
Embora existam muitas teorias sobre
o motivo do massacre, incluindo questões familiares e financeiras, a alegação
de DeFeo sobre a influência de vozes sobrenaturais foi uma das mais
controversas e que mais chamaram a atenção da mídia.
Após os assassinatos, a casa de Amityville foi colocada à venda. Em 1975, a família Lutz, composta por George e Kathy Lutz e seus três filhos, comprou a casa por um preço abaixo do valor de mercado, já que o local tinha uma reputação macabra devido ao massacre de 1974.
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Família Lutz |
Pouco tempo depois de se mudarem, os Lutz começaram a relatar uma série de acontecimentos inexplicáveis e assustadores. Eles alegaram que a casa estava possuída por forças malignas e que estavam sendo atormentados por atividades paranormais intensas. Entre os relatos mais comuns estavam as mudanças estranhas no clima como a temperatura da casa supostamente variando drasticamente; com certos cômodos ficando extremamente frios, enquanto outros ficavam quentes demais; cheiros horríveis os quais a família Lutz dizia sentir, tanto odores repulsivos de podre quanto o de flores em certos momentos; movimentos inexplicáveis de objetos como móveis e outros objetos na casa pareciam se mover sozinhos; vozes e presenças invisíveis que George Lutz relatou, como ouvir vozes que falavam com ele, assim como Kathy alegou ter visto uma entidade estranha, com um par de olhos vermelhos; atividades físicas como relatado pelo filho mais novo da família, Daniel, que teria sido puxado pela escada por uma força invisível.
Tais episódios culminaram em 28
dias de convivência na casa, quando a família Lutz fugiu aterrorizada. Eles
nunca mais voltaram à casa e abandonaram seus bens para escapar da situação.
Em 1977, o autor Jay Anson publicou
o livro The Amityville Horror, baseado nas alegações da família Lutz. O livro
descrevia de forma detalhada os eventos sobrenaturais que eles afirmaram ter
vivenciado, e rapidamente se tornou um best-seller. Em 1979, o livro foi
adaptado para o cinema, em um filme de grande sucesso, que contribuiu para
popularizar ainda mais a história.
Embora a história de Amityville
tenha atraído uma enorme atenção, ela também gerou muitas dúvidas e críticas. A
principal questão levantada é a veracidade das alegações dos Lutz. Algumas das
suposições mais comuns incluem fraude e engano, muitos acreditam que os Lutz
inventaram ou exageraram os eventos para lucrar com a venda do livro e do
filme. O fato de a família ter abandonado a casa tão rapidamente, sem buscar
ajuda oficial para investigar as alegações, gerou dúvidas sobre a autenticidade
dos relatos; algumas contradições nas histórias afinal, ao longo dos anos,
diferentes membros da família Lutz apresentaram versões contraditórias sobre os
eventos e sobre o que realmente aconteceu. Isso gerou desconfiança quanto à
precisão dos relatos. Além disso, George Lutz foi questionado sobre a
possibilidade de ele ter exagerado ou até fabricado partes da história para
criar um enredo de terror; a investigação paranormal, pois o caso atraiu a
atenção dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren, que se envolveram
no caso em 1976, após a fuga dos Lutz. Os Warren, conhecidos por seu trabalho
em outras investigações de atividades paranormais, afirmaram que a casa estava
realmente possuída e que a presença de demônios era responsável pelas
manifestações. No entanto, muitos especialistas apontam que as evidências
apresentadas pelos Warren e por outras fontes não são conclusivas. Além disso,
o fato de que os Lutz não permitiram que as autoridades conduzissem
investigações mais aprofundadas na casa gerou ainda mais ceticismo. Esses são
apenas alguns pontos de dúvida sobre a veracidade acerca do relato da família Lutz.
A casa de Amityville continuou a
ser um local de grande interesse, com turistas e caçadores de fantasmas
tentando investigar o que realmente aconteceu ali. Em 1977, a casa foi vendida
novamente, e os novos proprietários nunca relataram eventos paranormais
significativos. A residência passou por reformas, incluindo a remoção das
janelas características com "olhos" (que se tornaram um símbolo
icônico do caso).
Ao longo dos anos, a história de
Amityville continuou a inspirar livros, filmes e programas de televisão, muitos
dos quais apresentam uma versão exagerada dos eventos, sem grande base factual.
A popularidade da história não diminuiu, apesar das dúvidas sobre a veracidade
dos relatos.
Existem várias teorias alternativas
sobre o que aconteceu em Amityville:
Alucinações ou distúrbios
psicológicos: Alguns sugerem que a família Lutz pode ter sido influenciada por
um trauma psicológico após a compra de uma casa associada a um massacre
recente, e que as experiências paranormais podem ter sido frutos de alucinações
coletivas ou distúrbios mentais.
Efeito placebo e histeria coletiva:
Alguns especialistas em psicologia acreditam que a família Lutz poderia ter
sido afetada por um efeito placebo, levando-os a acreditar que estavam sendo
assombrados devido à pressão de viver em uma casa marcada por um crime tão
brutal.
Possessão genuína: Para os
defensores da versão paranormal, a presença de forças demoníacas na casa pode
ser a explicação mais plausível. Eles acreditam que a casa guardava a energia
gerada pelo massacre e que isso atraiu atividades sobrenaturais.
O caso Amityville continua a ser um
dos episódios mais controversos e enigmáticos da história do paranormal.
Enquanto para alguns ele representa um caso claro de atividade sobrenatural,
para outros, é uma história fabricada ou altamente exagerada para fins
comerciais. A verdade por trás dos eventos provavelmente nunca será
completamente conhecida, deixando o caso Amityville como um mistério fascinante
que continua a intrigar e a dividir opiniões.
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