A Mansão do Silêncio
Num morro ermo, ao luar sombrio,
Ergue-se a casa em mortal calafrio.
Os portões rangem, a brisa arrepia,
Segredos se escondem na melancolia.
Os passos ecoam no chão de madeira,
Sombras dançam na luz da lareira.
Um relógio de pêndulo marca o
temor,
Cada badalada é um grito de dor.
No corredor, o espelho estilhaça,
Reflete um vulto que logo se
esfacça.
Na penumbra, um sussurro se ouve ao
redor,
É convite? Ou ameaça de um antigo
horror?
O vento murmura histórias de
outrora,
Mortes e pactos feitos sem demora.
A escada range sob pés invisíveis,
Presenças antigas, quase tangíveis.
Na sala final, o retrato vigia,
Olhos opacos cheios de agonia.
Quem ousa invadir este templo
profano
Será para sempre mais um desengano.
Assim a mansão repousa, altiva,
Guardando segredos de forma cativa.
Pois quem tenta desvendar seu
mistério,
Adentra, sem volta, seu reino
funéreo.
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Imagem feita por Inteligência Artificial |
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