A Lenda de Maria Sangrenta (ou “Bloody Mary”)

 A Lenda de Maria Sangrenta (ou “Bloody Mary”)

A lenda de Maria Sangrenta, ou “Bloody Mary”, é uma história originada nos Estados Unidos, podendo ser equivalente à “Loira do Banheiro” aqui no Brasil, que circula em muitas culturas ao redor do mundo, especialmente no contexto de jovens e adolescentes que gostam de desafios e de invocar espíritos. Atualmente, a lenda é contada em situações de medo e em jogos de coragem, geralmente entre amigos que tentam invocar a figura fantasmagórica em busca de uma experiência sobrenatural. A história tem várias versões, mas a essência permanece a mesma: uma mulher chamada Maria, que, em vida, passou por eventos trágicos e violentos, e que agora, após a morte, busca vingança.

·       O Ritual de Invocação

A maneira mais comum de invocar Maria Sangrenta é através de um ritual que exige um espelho, um ambiente escuro e um tanto de coragem. A pessoa que deseja invocar o espírito deve ir a um banheiro ou quarto escuro, onde há um espelho grande e com boa visibilidade. Em algumas versões, a lenda exige que o local esteja sem luz, exceto por uma vela ou duas, aumentando o clima de mistério e suspense.

Imagem feita por Inteligência Artificial

Uma vez no ambiente preparado, a pessoa deve olhar diretamente para o espelho e, com voz alta e clara, dizer o nome "Maria Sangrenta" três vezes (ou, em algumas versões, mais vezes) de forma contínua. Em outras versões, a invocação precisa ser feita enquanto a pessoa gira lentamente em frente ao espelho ou ainda repetindo o nome em intervalos regulares, com as luzes apagadas.

Após dizer o nome de Maria Sangrenta, a pessoa geralmente sente uma sensação de frio ou um arrepio. Se o ritual for feito corretamente, algo sinistro pode acontecer.

·       A Aparição de Maria Sangrenta

Após a invocação, a lenda descreve que o espelho pode começar a embaçar ou refletir imagens distorcidas. A figura de Maria Sangrenta começa a se materializar lentamente. Em algumas versões da história, o espírito aparece como uma mulher jovem e bonita, mas coberta de sangue ou com um semblante distorcido, como se estivesse de luto ou marcada por alguma tragédia. Em outras versões, Maria Sangrenta aparece com uma aparência assustadora e grotesca, com olhos vazios e um sorriso malévolo.

As pessoas que conseguiram invocar a entidade afirmam que ela se aproxima da vítima no espelho, muitas vezes com um olhar penetrante, sem dizer uma palavra. A figura, em algumas versões, começa a sangrar ou a chorar, e esse sangue pode começar a escorrer pelo espelho ou até mesmo sair da boca de Maria. Em alguns relatos, ela tem as mãos ensanguentadas, e há quem diga que sua boca se abre de forma ameaçadora, pronta para atacar.

·       As Variações do Encontro

Dependendo de como a lenda é contada, o destino da pessoa que invoca Maria Sangrenta varia. Em algumas versões, a aparição é apenas uma manifestação assustadora e inquietante, mas sem consequências graves. A entidade pode apenas observar a pessoa por alguns segundos e depois desaparecer de maneira abrupta, deixando o invocador com um grande susto, mas sem danos físicos.

Em outras versões mais sombrias, Maria Sangrenta é descrita como uma entidade vingativa. Ela pode atacar a pessoa de maneira violenta, tentando arranhar ou machucar quem a invocou. Alguns relatos falam de ataques com garras invisíveis ou até de cortes profundos que aparecem no corpo da pessoa após o encontro com o espírito. Em algumas versões, a entidade leva o invocador consigo para uma dimensão paralela ou até o mata, deixando o corpo da vítima sem vida ou em um estado de coma.

A História de Maria Sangrenta

A origem do nome "Maria Sangrenta" e da figura que aparece no espelho é um mistério. Existem várias versões e interpretações sobre quem ela realmente seria em vida, com algumas possíveis figuras históricas que serviram de inspiração para a criação dessa lenda.

1.     Maria I da Inglaterra (Bloody Mary)

Uma das teorias mais comuns sugere que a lenda de Maria Sangrenta foi inspirada em Maria I da Inglaterra, conhecida por sua perseguição sangrenta aos protestantes no século XVI. Maria I, filha de Henrique VIII, era uma católica fervorosa e, durante seu reinado, ordenou a execução de centenas de protestantes, o que lhe conferiu o apelido de "Bloody Mary" (Maria, a Sanguinária). Ela se tornou uma figura associada ao medo e à violência religiosa, e é possível que sua história tenha sido distorcida e transformada em uma lenda popular sobre um espírito vingativo.

2.     Outras versões:

Em outras variações da lenda, Maria Sangrenta não está relacionada diretamente a uma figura histórica, mas sim a uma mulher comum que sofreu uma tragédia pessoal, como um assassinato ou um acidente cruel. Uma versão popular envolve uma mulher que foi brutalmente assassinada, e que agora busca vingança contra aqueles que a invocam.

Alguns relatos falam de uma mulher que, após dar à luz, perdeu o controle de sua sanidade e foi forçada a cometer atrocidades, sendo finalmente perseguida e assassinada. Seu espírito, em busca de redenção ou vingança, teria sido amaldiçoado a assombrar os espelhos e matar aqueles que ousam invocá-la.

 

 

A lenda de Maria Sangrenta, com suas diversas versões, continua a ser uma história fascinante e aterrorizante que capta a imaginação de todos que se aventuram a enfrentar seus medos. A figura fantasmagórica de Maria Sangrenta, ligada a tragédias históricas ou mitológicas, permanece como um aviso de que os espíritos do passado podem, em certas crenças, se manifestar de forma aterradora, especialmente quando desafiados ou invocados por aqueles que buscam uma experiência sobrenatural.

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