Soneto da Sombra Que Me Espia
No escuro corredor da
minha mente,
Ecoa um passo estranho e insistente.
Suspiros frios sopram, de repente,
Trazendo um medo surdo e persistente.
O vulto espreita atrás de
cada esquina,
Com olhos que atravessam minha pele.
A alma se encolhe, frágil, pequenina,
Enquanto a sombra cresce, não repele.
Ninguém me vê, mas sei
que está por perto,
Com garras invisíveis me rodeia.
Num cárcere sem tranca, vivo incerto.
E mesmo no silêncio, a
dor clareia:
Sou presa de um olhar sempre desperto,
Num mundo onde a razão já não passeia.
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Imagem feita por Inteligência Artificial |
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